Escândalo de espionagem: WhatsApp revela tentativa de vigiar usuários por empresa de espionagem Paragon
Um funcionário do WhatsApp revelou que a empresa israelense de spyware Paragon Solutions tentou vigiar usuários do aplicativo, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil. Eles detectaram um esforço do programa espião para hackear aproximadamente 90 usuários. Essas pessoas receberam documentos eletrônicos maliciosos que não exigiam nenhuma interação para comprometer seus alvos, uma invasão chamada ‘zero-click’.
Intervenção da Meta
A Meta, dona do WhatsApp, barrou a invasão e enviou uma carta exigindo que a Paragon cessasse a ação. Em 2024, uma empresa acusada de espionar 1.400 usuários do WhatsApp foi condenada, evidenciando a gravidade dessas práticas.
Alvos em mais de 24 países
Os alvos da espionagem estavam distribuídos por mais de 24 países, incluindo várias pessoas na Europa. O WhatsApp está encaminhando os alvos para o grupo canadense de vigilância da internet Citizen Lab, que investiga esses casos.
Paragon e o mercado de spyware
A Paragon vende software de vigilância de alta qualidade para clientes governamentais, alegando ser essencial para combater o crime e proteger a segurança nacional. No entanto, essas ferramentas têm sido utilizadas indevidamente em jornalistas, ativistas e políticos, levantando preocupações sobre o uso abusivo dessa tecnologia.
Conclusão
O escândalo envolvendo a Paragon e o WhatsApp ressalta a importância da proteção da privacidade dos usuários e a necessidade de regulamentações mais rígidas para coibir o uso indevido de spyware. Empresas e usuários devem estar atentos às ameaças cibernéticas e buscar meios de se protegerem contra invasões e espionagens ilegais.