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LGPD: o que é e como impacta empresas

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Daniela Jardim

Estagiária de Marketing e Produto na REVIIV, Daniela é estudante de Administração com forte interesse nas áreas de comunicação, sustentabilidade e diversidade. Proativa, comunicativa e com olhar atento às tendências do mercado, tem se destacado pela participação em eventos e iniciativas universitárias, além de buscar constantemente o aprendizado prático em marketing e gestão. Atua com entusiasmo e ética, sempre alinhando propósito, estratégia e execução.

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Entenda os principais pontos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e como ela transforma a forma de lidar com informações pessoais no Brasil


Com a digitalização acelerada dos serviços e o crescimento exponencial da coleta de dados, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) tornou-se um marco essencial para a proteção da privacidade no Brasil. Desde sua implementação, em 2020, a lei vem exigindo que empresas e instituições públicas repensem profundamente como lidam com informações pessoais. Portanto, entender seus fundamentos é indispensável para qualquer organização que queira operar com responsabilidade e segurança jurídica.

Neste artigo, você vai descobrir:

  • O que é a LGPD e de onde ela surgiu
  • Quais tipos de dados estão protegidos pela lei
  • Quais são os direitos garantidos ao titular
  • Como as empresas devem se adequar
  • E quais os riscos reais de não cumprir a regulamentação

O que é LGPD?


A LGPD, sigla para Lei nº 13.709/2018, foi criada com o objetivo de dar ao cidadão mais controle e transparência sobre o uso de seus dados pessoais. Inspirada na GDPR europeia, ela estabelece regras claras e obrigatórias para todas as organizações que processam dados no Brasil, independentemente do seu porte ou setor.

Além disso, a lei exige que qualquer tratamento de dados seja justificado por uma base legal válida. Ou seja, não é mais permitido coletar, armazenar ou compartilhar dados sem informar, com clareza, o motivo e a finalidade.


Quais dados a LGPD protege?


A LGPD protege qualquer dado que possa identificar direta ou indiretamente uma pessoa física. A seguir, veja os tipos principais:

  • Dados pessoais: nome, CPF, telefone, e-mail, endereço, localização, entre outros
  • Dados sensíveis: origem racial, convicções religiosas, opinião política, saúde, orientação sexual, biometria
  • Dados de crianças e adolescentes, que exigem atenção redobrada e consentimento específico dos responsáveis legais

Além disso, a lei determina que o tratamento de dados deve sempre observar os princípios da necessidade, finalidade, adequação e segurança.


Quais são os direitos do titular de dados?


A LGPD concedeu ao cidadão brasileiro uma série de direitos sobre seus próprios dados, os quais devem ser respeitados integralmente pelas empresas. Entre os mais importantes, destacam-se:

  • Direito de acesso: saber quais dados estão sendo processados
  • Direito de correção: atualizar informações incorretas ou desatualizadas
  • Direito à portabilidade: transferir dados para outro fornecedor, se assim desejar
  • Direito de exclusão: solicitar a eliminação dos dados pessoais, quando aplicável
  • Direito de revogação do consentimento, sem penalidades
  • Direito de explicação sobre decisões automatizadas, como scoring de crédito

Portanto, as empresas devem manter canais de atendimento eficientes para responder a essas solicitações em tempo hábil.


Como as empresas devem se adequar à LGPD?


A adequação à LGPD vai muito além da atualização da política de privacidade. Envolve, de fato, um conjunto estruturado de medidas técnicas, organizacionais e jurídicas. Veja os principais passos:

1. Mapeie os dados tratados

Antes de tudo, é necessário identificar onde os dados estão, por quem são acessados e por qual motivo são coletados.

2. Classifique a base legal

Cada dado coletado deve estar amparado por uma das 10 bases legais previstas na LGPD — como consentimento, obrigação legal ou legítimo interesse.

3. Nomeie um encarregado de dados (DPO)

Esse profissional é o elo entre empresa, titulares e a ANPD. Ele deve ter autonomia e conhecimento técnico e jurídico.

4. Revise contratos e políticas

É essencial atualizar contratos com fornecedores e parceiros, além de políticas internas e avisos de privacidade nos sites.

5. Capacite as equipes

Sem conhecimento, não há conformidade. Por isso, treine colaboradores para que compreendam seus papéis e evitem vazamentos acidentais.

Além disso, o uso de tecnologias de segurança, como criptografia e controle de acesso, fortalece a proteção dos dados.


Quais os riscos de não cumprir a LGPD?


Ignorar a LGPD pode gerar sérias consequências. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) pode aplicar sanções como:

  • Multas de até R$ 50 milhões por infração, ou até 2% do faturamento da empresa
  • Bloqueio ou eliminação dos dados coletados irregularmente
  • Proibição de tratar dados pessoais, o que pode inviabilizar operações
  • Danos reputacionais, pois incidentes de privacidade afetam diretamente a confiança do consumidor
  • Processos judiciais individuais ou coletivos, com base nos direitos violados

Consequentemente, empresas que negligenciam a LGPD enfrentam não apenas prejuízos financeiros, mas também riscos estratégicos.


Conclusão: LGPD é sobre confiança, segurança e responsabilidade digital


A LGPD é muito mais do que uma exigência legal. Ela representa um novo padrão de relacionamento entre empresas e indivíduos, baseado em ética, transparência e respeito à privacidade. Portanto, adaptar-se à legislação não deve ser visto como um fardo, mas sim como uma oportunidade de construir confiança, reduzir riscos e inovar de forma responsável.

Organizações que adotam a LGPD de forma estratégica estão mais preparadas para competir em um mercado cada vez mais exigente, digital e consciente. Afinal, proteger dados é proteger pessoas — e isso é o que realmente sustenta negócios duradouros.