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Seus sistemas de gestão estão prontos para a reforma tributária?

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Daniela Jardim

Estagiária de Marketing e Produto na REVIIV, Daniela é estudante de Administração com forte interesse nas áreas de comunicação, sustentabilidade e diversidade. Proativa, comunicativa e com olhar atento às tendências do mercado, tem se destacado pela participação em eventos e iniciativas universitárias, além de buscar constantemente o aprendizado prático em marketing e gestão. Atua com entusiasmo e ética, sempre alinhando propósito, estratégia e execução.

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A reforma tributária está mudando o Brasil. Mas será que seu ERP está pronto?


A aprovação da Reforma Tributária no Brasil representa uma das transformações mais relevantes dos últimos 50 anos no sistema fiscal nacional. Embora tenha como objetivo simplificar tributos e reduzir a complexidade do modelo atual, ela também traz impactos diretos e profundos nos sistemas de gestão das empresas.

Ou seja, ERPs, CRMs, e-commerces, plataformas de automação fiscal e até sistemas legados precisarão passar por revisões estruturais. Afinal, será necessário adaptar esses sistemas às novas regras. E, ao contrário do que muitos imaginam, não se trata de uma simples atualização de alíquota ou alteração de tabela. Na realidade, estamos falando de uma reconstrução do modelo fiscal digital brasileiro, que exigirá mudanças em múltiplos módulos e processos corporativos.


O que muda com a nova Reforma Tributária?


A principal alteração é a substituição de diversos tributos atuais — como ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — por dois novos impostos: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Além disso, haverá mudanças significativas na forma como o sistema tributário se comporta em relação às operações nacionais.

Entre as mudanças mais relevantes, destacam-se:

  • Uniformização de regras entre estados e municípios, o que reduz variações locais;
  • Cobrança no destino, e não mais na origem, o que exige nova lógica de cálculo;
  • Extinção de regimes especiais e benefícios setoriais, eliminando exceções antigas;
  • Criação de um sistema de créditos mais transparente e linear, o que favorece a rastreabilidade.

Portanto, isso significa que os modelos de cálculo, apuração, emissão de notas e escrituração digital precisarão ser completamente revisados. Sistemas altamente customizados para atender a legislações estaduais e municipais terão que se adaptar a um novo paradigma tributário — mais simplificado, sim, mas também mais rigoroso na exigência de conformidade.

Homem e mulher analisando documentos fiscais e utilizando calculadora e notebook, refletindo sobre os impactos da reforma tributária nas finanças.
A reforma tributária traz mudanças que impactam diretamente a vida de pessoas físicas. Entenda como as alterações nos impostos podem afetar seu dia a dia e saiba como se adaptar desde já.


Por que os sistemas de gestão precisarão mudar?


Hoje, muitas empresas operam com regras fiscais complexas e localizadas. A atual estrutura levou negócios a investirem em soluções específicas para lidar com exceções, regimes especiais e obrigações acessórias distintas. Com a Reforma Tributária, boa parte dessas regras será extinta ou substituída. No entanto, isso não significa menos trabalho — significa trabalho novo, técnico e urgente.

Sendo assim, os sistemas precisarão:

  • Recalibrar regras fiscais internas, inclusive fórmulas automatizadas;
  • Atualizar módulos de faturamento, contabilidade e fiscal, para que estejam em conformidade;
  • Reestruturar layouts de documentos eletrônicos (como NF-e e NFS-e), que serão impactados;
  • Adaptar integrações com fornecedores e marketplaces, que também estarão em transição;
  • Garantir aderência a novos prazos, formas de recolhimento e escrituração, o quanto antes.

Além disso, é importante lembrar que não se trata apenas de uma mudança tributária — é uma transformação tecnológica e operacional, que exige visão estratégica e execução coordenada.

Ilustração de profissionais conectados a um sistema digital de gestão, representando a adaptação necessária de ERPs e CRMs às mudanças da reforma tributária.
A reforma tributária exige ajustes técnicos em ERPs, CRMs e sistemas de gestão. Descubra o que muda nos cálculos, cadastros e integrações, e evite impactos na operação da sua empresa.


O risco de não se adaptar a tempo


Adiar a migração pode parecer mais confortável no curto prazo, mas acarreta riscos severos no médio e longo prazo. Entre os principais impactos estão:

  • Multas por descumprimento de obrigações acessórias, que tendem a ser mais frequentes;
  • Impossibilidade de emitir documentos fiscais válidos, o que paralisa faturamentos;
  • Perda de créditos tributários por erros de parametrização, o que afeta o caixa;
  • Interrupções no ciclo de pedidos, que afetam a experiência do cliente;
  • Reprocessamento de dados e retrabalho em escala, que eleva os custos operacionais.

Além disso, à medida que o governo intensifica a digitalização e o cruzamento de dados fiscais, a margem para erros será mínima. Por isso, adaptar seus sistemas com antecedência é não apenas prudente, mas essencial.


O que fazer agora?


Para começar, a preparação exige um diagnóstico técnico detalhado dos seus sistemas atuais. Em seguida, é necessário desenhar um plano de transição estruturado e realista, considerando a complexidade da operação.

Veja os passos recomendados:

  1. Mapeamento de módulos impactados no ERP ou sistema próprio;
  2. Avaliação da dependência de soluções terceiras, como plataformas fiscais e contábeis;
  3. Engajamento de times jurídicos, fiscais e de TI, de forma integrada;
  4. Alinhamento com fornecedores e parceiros tecnológicos, garantindo compatibilidade futura;
  5. Testes de stress e simulações de cenários, para prevenir falhas operacionais.

Dessa forma, sua empresa se antecipa aos riscos e transforma a reforma em uma oportunidade real de melhoria.

Executivos reunidos em uma mesa discutindo estratégias empresariais com notebook aberto, analisando os impactos da reforma tributária no planejamento corporativo.
A reforma tributária exige mais do que adequação fiscal — ela pede estratégia. Saiba como ajustar seu plano de negócios, otimizar processos e manter a competitividade diante das novas regras.


Antecipe-se à mudança para garantir competitividade


Embora a transição aconteça de forma escalonada, as empresas que se preparam agora estarão em vantagem. Isso porque terão mais tempo para testar, corrigir, integrar e capacitar suas equipes.

Mais do que uma obrigação fiscal, a reforma tributária pode ser um ponto de virada. Portanto, trate-a como uma chance de modernizar seus sistemas, revisar processos e se posicionar com inteligência frente à concorrência.

Adiar esse movimento é correr o risco de travar sua operação em um cenário que exige agilidade, precisão e visão estratégica.

Profissionais subindo degraus de crescimento com uma seta apontando para cima, representando empresas que ganham vantagem competitiva ao se antecipar às mudanças da reforma tributária.
A reforma tributária pode ser uma oportunidade estratégica. Entenda como empresas que se preparam antes ganham eficiência, reduzem riscos e conquistam vantagem competitiva no mercado.