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Taxa das Blusinhas: como a medida está mudando o e-commerce na América Latina

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Renato Mattos

Gestor de TI e Engenharia da computação com mais de 15 anos de experiência em inovação, tecnologia e produtos digitais, nos mercados de cartões de crédito, meios de pagamento, soluções de mobilidade urbana e agronegócio. Atuou em grandes empresas como Cielo, REDE, Elavon do Brasil e Stelo (grupo Bradesco), no setor de Agro na COFCO International em posições de CTO e CPO. Fundador da consultoria em tecnologia REVIIV.

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Nos últimos meses, a chamada Taxa das Blusinhas ganhou força em vários países da América Latina. O movimento começou no Brasil, mas rapidamente se espalhou para México, Colômbia, Argentina e Peru. A justificativa oficial é clara: proteger o comércio local, gerar mais arrecadação e equilibrar a concorrência com gigantes do e-commerce internacional, principalmente os marketplaces chineses.

Essa mudança representa uma virada importante no cenário do comércio eletrônico global.


O que é a Taxa das Blusinhas?


A Taxa das Blusinhas é um conjunto de medidas fiscais, tributárias e alfandegárias que mira o comércio eletrônico transfronteiriço. Na prática, o objetivo é tributar compras de pequeno valor em plataformas como Shein, Shopee e AliExpress, que cresceram de forma acelerada na região.

No Brasil, por exemplo, a antiga isenção para compras de até US$ 50 foi substituída pelo programa Remessa Conforme. Agora, há a cobrança de 17% de ICMS, além de outras tributações federais, o que promete mais controle para o governo e maior isonomia tributária para o comércio local.


Como a medida avança na América Latina


Cada país da região está adotando estratégias próprias para lidar com a pressão do e-commerce internacional. Veja os principais exemplos:

  • México: ampliou a fiscalização sobre remessas internacionais e já estuda tributos adicionais sobre marketplaces asiáticos.
  • Colômbia: discute no Congresso a criação de impostos para compras de até US$ 200 — antes isentas.
  • Argentina e Peru: caminham no mesmo sentido, buscando frear a expansão das plataformas estrangeiras e proteger empregos locais.

Portanto, a Taxa das Blusinhas deixou de ser apenas uma medida brasileira e se transformou em um movimento regional.

Por que a Taxa das Blusinhas importa?

De um lado, varejistas locais comemoram, já que finalmente encontram um ambiente mais equilibrado para competir. De outro, consumidores de baixa renda sentem o impacto da taxação, pois esse público era justamente o que mais comprava produtos de baixo valor — as famosas “blusinhas”.

Além disso, as grandes plataformas de e-commerce precisam se adaptar rapidamente às exigências fiscais de cada país, o que aumenta custos logísticos e operacionais. Dessa forma, a competitividade das empresas internacionais diminui, abrindo espaço para marcas locais que consigam entregar preço justo e boa experiência de compra.

O que esperar daqui para frente?

A tendência é clara: os países da América Latina estão reforçando sua soberania digital e criando mecanismos para fortalecer o varejo interno. Isso exige que empresas internacionais e locais repensem suas estratégias.

Mais do que nunca, será essencial:

  • Revisar modelos de operação transfronteiriça;
  • Ajustar canais de distribuição;
  • Buscar logística mais eficiente;
  • Oferecer valor real ao consumidor, além de preços baixos.

Conclusão: adaptação estratégica é o caminho


A Taxa das Blusinhas mostra que o e-commerce global entrou em uma nova fase na América Latina. Embora traga custos adicionais para consumidores e marketplaces, ela também cria oportunidades para empresas que souberem se adaptar.

Na REVIIV, apoiamos empresas a compreender o impacto de medidas fiscais, estruturar estratégias de e-commerce e transformar desafios em vantagem competitiva.

💡 Se você atua com comércio eletrônico, marketplaces ou logística, fale com a gente. Podemos ajudar a navegar esse novo cenário com inteligência e execução.