O governo federal aprovou uma medida estratégica: a isenção de impostos federais para equipamentos de TI usados em data centers, como servidores e sistemas de refrigeração. Com isso, deixam de ser cobrados PIS, Cofins, IPI e tarifas de importação, o que reduz custos e, consequentemente, torna o Brasil mais competitivo no cenário internacional de infraestrutura digital.
Mais do que uma questão tributária, essa decisão pode transformar a base tecnológica do país. Afinal, com maior capacidade instalada localmente, serviços críticos poderão operar com menor latência, maior resiliência e menos dependência de servidores no exterior.
Análise REVIIV: impacto setorial
Finanças
Bancos e fintechs terão novas possibilidades para replicação de dados. Assim, será possível ampliar a segurança, a disponibilidade e a conformidade regulatória.
Varejo e e-commerce
As operações digitais ganham velocidade e confiabilidade. Além disso, abrem espaço para personalização em tempo real e projetos de edge computing que antes eram limitados pela infraestrutura.
Educação
Plataformas de ensino online passam a oferecer desempenho superior para vídeos, conteúdos multimídia e interações ao vivo. Dessa forma, alunos e professores se beneficiam com mais estabilidade e qualidade nas aulas digitais.
Food & Beverage e agronegócio
As cadeias de suprimento se tornam mais conectadas e integradas em tempo real. Além disso, o apoio de IoT e big data fortalece a eficiência, reduz desperdícios e aumenta a previsibilidade.
Novo marco regulatório: equilíbrio e desafios
Paralelamente, o governo apresentou um marco regulatório para a competição digital, com o objetivo de regular empresas classificadas como de “relevância sistêmica”. Essa medida pode, por um lado, ajudar a equilibrar o mercado. Por outro lado, traz o desafio de evitar barreiras à entrada de novos players e não inibir a inovação no ecossistema.
Impacto real: Brasil no mapa global
Se bem implementada, a política pode colocar o Brasil na rota global da infraestrutura digital, elevando o país a um papel de protagonismo regional. No entanto, é importante destacar que energia confiável, redes de transmissão robustas e segurança jurídica continuam sendo fatores decisivos para transformar esse plano em realidade.
Consequentemente, o futuro do Brasil como hub digital dependerá não apenas da política tributária, mas também da capacidade de criar um ambiente sólido para inovação e investimentos de longo prazo.